Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

3.11.04

Mais lembranças

Por causa da correria no tempo que as meninas ficaram em Londres, acabei perdendo a inscrição para um dos únicos programas da galera do curso com o qual eu tinha me empolgado: a gravação de um show da BBC.

A Alucynate tinha inclusive me avisado disso. Fiquei tão frustrada que me inscrevi para assistir a outro show, meio incrédula, porque eles pediam um prazo mínimo de duas semanas para começar a atender os pedidos.

Existem várias histórias que eu não sei bem situar no espaço tempo. Lembro do dia do tombo fenomenal. Meu colega inglês estava me levando em casa, estávamos totalmente bêbados, chovia muuuito. Eis que, perto de casa, na pontezinha (é, aquela pontezinha...), justo lá, eu cismo de começar a dançar na chuva.

Obviamente que tomamos um baita tombo e ficamos sem conseguir levantar, pelo álcool e pelo chão escorregadio da ponte. Ele (inglês, vale enaltecer isso...) ria como uma criança, não vou me esquecer disso!!! Putis, fecho os olhos e vem a cena. E o sorriso... Ai, ai...

Teve um outro dia muito engraçado. Eu estava comendo sozinha no Burger King quando de repente um cara começou a perguntar em espanhol. Depois falou que sabia que eu era latina... Ele queria saber de um museu que, hoje sei, informei errado sem querer... Confundi os nomes em espanhol (risos...). Tudo bem, nessa altura do campeonato, pouco sobrava de minhas partes sérias (gargalhadas)...

Na minha casa, tinha uma outra menina. Uma japa, que vim a conhecer depois. Os japoneses são sempre muito certinhos, mas eu me lembro de um dia que fui em casa tomar banho antes da night, era cedo, tipo dez horas, e ela estava chegando, chapada também. Tive que abrir a porta pra ela, que não conseguia...

Tudo bem, a porta era mesmo meio sinistra de abrir, era ao contrário, mas ela nem estava conseguindo colocar a chave (viu? Até os japas, ditos “sérios”, perdem a linha em London London...).

Falando em casa, eu ainda me lembro de, numa rara ocasião, ter voltado cedo. Fiquei admirando o lugar, que era realmente bonito. Havia um parque, tipo campo, atrás da casa. E esta era a maravilhosa vista do meu quarto.

Aliás, era neste campo onde todos os dias de manhã os corvos “pousavam” e ficavam fazendo aquele barulho esquisito, impetuosamente às sete da matina, era quase como um despertador natural... Depois eu me acostumei, claro. Eles estavam lá e eu nem ouvia... Como acontece com quase tudo na vida, devemos ter cuidado para isso não acontecer a coisas boas...

Também cheguei a dar uma volta por lá. Era mesmo um lugar lindo, tirei algumas fotos das ruas, todas bonitinhas, os bichinhos não saíram nas fotos, exceto o esquilo...

Eu não contei os dias dos pubs, em Kilburn, e eu às vezes chegava cedo pra poder comprar alguma coisa na loja do meu amigo árabe. No primeiro dia que eu comprei, ele ficou cheio de graça e eu séria. Perdi a pose ao voltar pedindo pra abrir a cerveja pois eu não tinha abridor... Ainda tive que trocar tudo por lata ou garrafa de rosca...que eu tinha pensado que era....

Aliás, falando em pubs, lamentavelmente eu fui embora sem me despedir do Gabriel, queria ter tido uma happy hour de despedida com meu gentil holandês...

Euzinha


1 Comments:

Blogger Leila Silva said...

Ate mesmo a japonesa? Pois e', Londres tem dessas coisas, ne? Longe de casa, longe de tudo vamos tomar uns drinks....mas ja percebi que vc nao precisa estar longe de casa, n'est-ce pas?

Kiss
Leila

5:03 PM  

O q vc me conta?

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