Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

11.4.07

Férias australianas - Parte II

"...As roupas das pessoas são mais ou menos normais. O problema é quando tentam se arrumar. Ficam meio over, mas é só a minha opinião...

Em geral, os australianos são muito grandes, homens e mulheres, tanto na altura quanto no peso. Conforme sempre informava o noticiário, 65% da população com sobrepeso! Preocupante... E os “kiwis”??? Nome divertido para os neozelandeses... Esses são gigantes!!! Deixariam qualquer pitboy brasileiro bolado.

Como minha irmã bem reparou, a beleza não é tão fundamental naquelas terras. Nem imagino o motivo. Também quase não se vê academias e estabelecimentos relacionados à estética. Mais uma vez, acho que é uma característica cultural...

Assim como a dança dos australianos... Eles usam as mãos, se requebram... Uma cena ridícula, mas todo mundo é assim, então pra eles é normal. Ah! Tem também a cerveja. O povo adora beber e bebe bem, tanto os homens quanto as mulheres. Tanto os mais velhos quanto os mais novos.

O clima em Brisbane, que já comentei, era um calor infernal. Sempre abafado. Bebia tanta água e coca light que me sentia um camelo no deserto, sempre carregando um monte de bolsas cheias de quinquilharias. Uma loucura!!! Sem falar na insanidade dos preços das bebidas na rua – muito caras.

Nos outros lugares pelos quais passamos, era mais tranqüilo. Até mesmo nas praias era bem mais fresco. E, quanto mais ao sul, mais agradável a temperatura.

Disse que não ia comprar nenhuma bolsa, mas, tomada pelo lema 'TURISTA PODE TUDO', saí da Austrália com alguns exemplares. Inclusive uma delas soltou tanta tinta que despertou meu instinto de advogada brasileira. Arrastei minha irmã para trocar a bolsa na loja, uma prática nada usual por lá, já que praticamente inexiste qualquer política de proteção ao consumidor. Neste ponto específico, estão anos-luz atrás do Brasil. Ponto para nossa terrinha!

A lástima é que retornei ao Brasil com um preconceito fortíssimo. Sequer posso ouvir falar de orientais, asiáticos ou qualquer um dessa gangue. Fui surpreendida, pois tinha uma idéia errada sobre eles. Esperava que fossem pessoas melhores tendo em vista sua tradição milenar. Infeliz engano. Uma tristeza a Austrália estar sendo invadida por essa gangue sem educação, grosseira, antipática e inconveniente. E pior! Sempre que comento isso por aqui, todo mundo concorda que eles estão tomando conta do mundo todo, pouco a pouco, seja com produtos, dinheiro, mão de obra barata...

Já minha primeira amizade australiana foi com o Mocha. Amor à primeira vista! Ele sacou logo que adoro animais! Sempre que eu aparecia e falava com ele, se requebrava como uma passista no sambódromo. Uma fofura!!! Gostava tanto da gente que insistia em fugir para brincar. Sem falar no dia em que houve o blackout e o Mocha Lindíssimo foi confundido com um possum. Só quando ele tava pertinho é que percebi que era ele, afinal, nenhum possum se requebraria daquela forma...
"...

Marcia Fraser