Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

8.3.05

Longo dia

A verdade é que, quanto mais se fica ansioso, mais o dia se arrasta. Tudo bem que o almoço comemorativo de aniversários e do feriado ajudou a passar o dia. Com direito a piadas e piadas na mesa sobre mim, principalmente porque não estava bebendo... Diziam que eu tinha me “convertido” a Jesus...

Beber bastante água durante o dia para hidratar. Para circular idéias... E, ao final do dia, lá estava eu terminando de arrumar a mala. A hora voa e o medo do engarrafamento impera. Saímos cedo e “mofamos” esperando para embarcar.

Depois é só sono e lá estamos nós em Curitiba. Oh, terrinha boa. Quanto tempo!!! Nem bem chegamos, batemos um papo e fomos pra Ponta Grossa. Não, não brinquem com este nome; cidade natal de grandes amigos. E, confesso, já fui por demais sacaneada...

Um amigo, pouco antes de sairmos do trabalho, havia pedido: “tragam um souvenir de Ponta Grossa, camisinha e uma erva para mim”. Olha o perigo de um pedido desses anotado, interpretação errônea garantida. Só para lembrar, sul do Brasil, chimarrão e por aí vai...

Voltando à Ponta Grossa... Como brincamos, 48 horas de comemoração. Nem bem piscava e tinha uma lata na minha mão. Minha amiga cometera a “imprudência” de dizer que eu era chegada num “copo”... Danou-se então...

Eu, preocupada, que meu jeito assustasse a família (normalmente não me preocupo mas era A FAMÍLIA de uma grande amiga) e todo mundo lá estava sempre bebendo, tatuagens ostentadas para todo lado...

Filhos pródigos, churrasco, crianças correndo, jogando água, jogo de cartas, ganhando com o novo “padrasto” adotado; família bem interessante. E olha que eu nem acredito muito nesta história de família, de sangue. Cool, cool.

Não posso esquecer o único momento de frio. Mala cheia de casaco e um calor do cão all day long... Sábado à noite, com o nível alcoólico nas alturas, resolvemos todos, verdadeira gangue- bem como gosto, ir para night Pontagrossense...

Sábado, então, um frio do cão, aproveitando para usar a minha bota (quase inútil no Rio) e meus casacos. E veja como é o destino, vou parar num lugar chamado Etílica. Muito interessante mesmo...

Música boa. Clima super agradável. Pessoas interessantes. Bom papo e copo, claro. Grande chance de conhecer o B, músico, grande amigo do camarada Ulisses e dono do local. E que, agradeço, ainda me brindou com uma música do Cazuza!!!

Satisfação enorme assisti-lo, entusiasmado, mostrando o lugar (muito legal) e contando os planos de eventos. Alguém vivendo sob os próprios princípios e 'correndo atrás' dos sonhos. E, sim, pode-se sim viver de sonhos... Acalento para meu espírito, no momento, tão perturbado...

Sem perceber, já estou “enturmada”, sendo convidada para ir ao famoso lugar Tradição, que, até então, para mim, era só uma escola de samba famosa no Rio de Janeiro... Volto para casa “aconchegada”.

Euzinha