Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

18.9.04

Pra lembrar e rir

Lembro bem quando, finalmente, consegui comer a famosa baguete parisiense. Descolamos uma espécie de lanchonete com coisas super gostosas e baratas. Nessa vez, comi uma baguete deliciosa, ainda "tracei" um crepe doce, com açúcar, muito curioso. Nós nos “fizemos”.

Nossa, nós também comemos um outro crepe que foi tudo de bom. E a moça que nos vendeu ainda por cima conhecia o Brasil. Muito legal isso, né? Quando você está longe, parece que o nacionalismo corre nas veias...

A mania de andar com camisa do Brasil é "show", tem sempre alguém para falar algo, como um garoto no Museu Rodin que leu minha camisa de Floripa, se eu não me engano, e ficou brincando. E o Branco ficou "zoando" que ele estava era olhando para os meus peitos... Chegamos até aquela velha questão de que tudo na vida é uma questão de ponto de vista...

Ah, pára tudo! O que foi a gente comendo o sanduíche surrupiado do café da manhã, do hostel, em plena Champs-Elysées... Fora o chocolate, que delícia!!! Passei pela Louis Vitton e não resisti a tirar uma foto pra minha irmã enlouquecer, tem tipo uma bolsona gigante, no mínimo, original.

Durante todo o tempo, toda vez que passávamos numa determinada estação, o Branco falava que era a do Cimetière Du Père Lachaise (nome devidamente corrigido, já que minha cabeça andava pela Sacre Coeur e acabei escrevendo o de Montmartre...tsc, tsc...existem ambos...), que tínhamos que ir lá, que era muito legal.

Não cheguei a ir, mas sempre sacaneamos ele com relação a isso... Bom, devo confessar que, em Buenos Aires, eu fui ao cemitério da Recoleta...

E a gente cantando Tribalistas? Na Europa, eles também conhecem e se amarram. Ficávamos brincando dizendo que iríamos colocar um chapéuzinho e recolher dinheiro... Sem contar o dia, no bar, que começou a tocar do nada “chorando se foi quem um dia só me fez chorar”... E a galera dançando empolgadona...

E a senhora maluca do meu quarto, mais velha mesmo, que trabalhava em Paris, mas morava em albergue e acordava todos os dias as 4 da matina e ficava lavando roupa, mexendo na mala e se arrumando... Nem bem eu ia dormir e começava a barulheira...surreal... Fora que a mulher tinha um humor péssimo! E roubou todos os cabides do quarto para ela (não estou exagerando, quem me conhece, sabe que nem costumo reparar nestas coisas)...

Eu me lembro também que eu tinha a mania de ficar lendo os outdoors em francês, achava o máximo ficar lendo em francês e a Nat falou que fazia a mesma coisa na Alemanha, porque ela e a Gabis falam alemão. Ela me alertou pro fato do quanto isso é esquisito, imagina alguém no Rio, lendo, deslumbrado, coisas em português; Maracanããã, metrôôô...dããã...

Fora que programa de televisão ruim tem em todo lugar, vi alguns totalmente apelatórios lá, esperando no saguão do hostel.

Tem também a questão da cama. Eu fiquei na cama de cima e tinha só um apoiozinho azul pequenininho. Fiquei pensando: “danou-se, vai ser um estrago chegar bêbada e subir por aí”. Não tanto quanto eu achei que seria mas houve cenas hilárias... Cabeçadas direto... Dignas de bebum...

Euzinha

3 Comments:

Blogger Leila Silva said...

Dani,
Agora em Brasília....por isso desapareci. Passei rapidamente num cafe internet e aproveitei para entrar aqui. Logo nos falamos. A sua página continua legal....Olha, um cemitério que vale a pena sim, em Paris, é o Père Lachaise, onde JimMorrison estava enterrado....ainda há um símbolo da passagem dele, estive lá com o meu irmão agora em agosto, ele fez questão de visitar. Há nomes famosíssimos: Edith Piaf, inúmeros pintores e escritores.....Vale a pena percorrer as vielas.
Beijão
Leila

5:53 PM  
Blogger Euzinha said...

Vc tem toda razão, minha querida, mas é que aquela pracinha ficou impregnada na minha cabeça, nem é preciso perguntar onde estava minha cabeça... Análise do Discurso pode me defender...risos...
Mas, o nome do cemitério é este mesmo!!!

7:23 PM  
Anonymous Anonymous said...

Po, amiga... ler autdoor em outro idioma é tudo de bom! É engraçado como a gente torna as memórias mais simples as mais memoráveis! Ler outdoor, baguetes francesas, bagunça no albergue, as músicas, as referências do nosso país... as caras que vemos por aí... Até porque, é isso que faz as nossas viagens deixarem de ser páginas de um guia turístico e passarem a ser NOSSAS, SÓ NOSSAS! Beijos, Jane

4:00 PM  

O q vc me conta?

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