Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

6.9.04

Cenas e coisas para não esquecer...

Ah, claro, como pude me esquecer do Vondelpark??? O parque é tudo de lindo. Nos dias de calor que peguei, a imagem das pessoas fazendo piquenique, fumando, bebendo, conversando, deitadas no gramado, era tudo... Fora as mil bicicletas estacionadas e os cachorros com seus donos. Bela imagem pra guardar.

Também vou me lembrar do pôr-do-sol na barca, indo pra casa do casal maluco-beleza, como gosto de chamá-los. Aliás, a vista dali era linda. Fiz mil passeios de barco, onde eles vão contando a história do local, em tantas línguas que chega a enjoar, cérebro fica meio pancada, entendendo ou não todas as línguas... As famosas três pontes, prédios, construções e museus lindos.

Eu achei simplesmente lindo um passarinho que vi em todo lugar em Amsterdam. Perguntei a uma mulher holandesa, que não sabia o nome em inglês, mas me deu em holandês: Raaf. Vim a descobrir que o tal pássaro nada mais é que um tipo diferente de corvo, é, corvo, isso mesmo. Kilburn ainda estaria na minha história!!!

Indo para Amsterdam, não deixe de comer a tal da batata, mas cuidado!!! Um dos molhos é horrível, totalmente doce... blarc!!!! Também têm vários restaurantes de comida estrangeira, principalmente indiana, muito legais. Aliás, um dia, em Leidseplein, um cara cismou que eu era da Indonésia. Insistiu, foi hilário!!!!

O guardinha que me falou que era proibido fumar ali. Pior que eu tinha perguntando ao Benji e ele, todo tranquilo, “não tem problema algum”....

Como pude esquecer da Nutella no café da manhã do Vondel? E que café da manhã! Assim, é até fácil de se acostumar (porque normalmente eu não tomo café da manhã).

Vale lembrar O QUADRO, num museu, convidando pra loucura, pra bebedeira, até tirei foto. Parece que o quadro é em várias dimensões, muito legal.

Num dia, entrando num museu, um cara falou: “que frio”. E eu respondi, achando que estava louca por pensar ter ouvido em português. Na saída, descobri que tinha ouvido em português mesmo, o cara era de Portugal e disse saber identificar quem era do Brasil...

Eu adorava ficar olhando as ruas, parar nas praças e canais. Tipo ficar sentada comendo uma maçã perto do Museu Anne Frank. Fiquei conversando com uma menina da América da Sul que estava morando lá, em inglês, surreal, não?

Eu contei que, ao chegar, fiquei procurando escrito Vondelpark? Obviamente que estava somente escrito Stayokay; cúmulo da distração... Ah, e teve um dia que o motorista do tram, gentilmente, veio me dizer que eu deveria saltar porque era o ponto final (...risos...). E eu, distraída, "viajando", sorte que o meu ponto era o ponto final e eu nem sabia disso... Casual sorte (...risos...).

Às vezes chovia muito, às vezes pouco, o fato é que meu guarda-chuva não resistiu ao tempo de lá. E isso porque eu odeio guarda-chuva e levei... Confesso que fiquei feliz em jogá-lo fora... Posso dizer que os episódios chuva viriam a ser engraçados...

O dia, presa do lado de fora, por ter esquecido o cartão de entrada no outro casaco. O dia, bêbada, sem conseguir abrir a porta do quarto (tsc...tsc...tsc...). Eu, rindo, e a menina do quarto levantou pra abrir a porta pra mim...entrei "no sapatinho"... Ou perdida, à noite, voltando de algum lugar,chapada, perguntando como chegar ao Vondel...

Num outro dia, deixei cair a lanterna (que eu usava para entrar no quarto e não acordar todo mundo quando chegava tarde e chapada...era hilário...tinha que me controlar pra não rir, mas são preocupações pertinentes à vida em grupo...). Aí a inglesa, toda solícita, estendeu o braço pra me devolver a lanterna(risos). Tsc, tsc, tsc...

E o dia que fui até o Madurodam? Tirei uma foto com aquele sapato símbolo e foi engraçado porque estava parada olhando e uma senhora tirando fotos para diversas crianças comentou algou parecido com: “as crianças adoram”... Ao que eu retruquei, você pode tirar para mais uma, para uma criança grande: era eu. E ela ficou repetindo “big child” rindo...

Eu me lembro de ter voltado da rodoviária tarde à beça um dia, ainda encontrei uma menina e a ajudei a pegar o transporte dela pra algum lugar. Descobri que meu passe não era válido para aquela região – eles nos deixam loucos com esta história de região, mas cheguei no hostel de novo de qualquer jeito... Este dia ainda tentei encontrar uma amiga holandesa, mas cheguei muito tarde e acabei bebendo com o pessoal.

De uma certa forma, devo confessar que, embora as coisas estivessem maravilhosas, tentava controlar meu êxtase a respeito de ir, enfim, para Londres. No final das contas, minha estadia na Holanda serviu para me preparar para maravilha de Paris e para jornada posterior.

Era tudo o começo!!!!!!!!!!!!


Euzinha

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ah, Dani.
Estou viajando com suas histórias... Conta mais...
bjocas,
Didi

8:05 AM  
Blogger Leila Silva said...

Dear Dani,

Espero que esta chegue aí...O blog continua excelente, o seu estilo despojado é muito interessante e gostoso de ler. A sinceridade tb trespassa os textos mas acho que essa Little Dani é ainda um mistério. Bisous

Leila

5:12 PM  
Anonymous Anonymous said...

Café da manhã é a melhor coisa quando se viaja né? Eu que já amo tomar café da manhã no Brasil, fora então! E se for naqueles caffes maravilhosos e super charmosos?! Ai meu Deus!! AMO!!!!

::Espontânea::

10:48 AM  

O q vc me conta?

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