Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

28.9.04

The first day

[Eternas coincidências de minha vida... Conhecendo Rique Milk, neste post do blog, e tendo a surpresa de receber a ligação: "Here I am, in Rio...". Wonderful to see you again, my friend!!! Thank you so much for such a fantastic weekend. And Búzios??? Here we go, here we go...smiles...Besos...]


Larguei as coisas de qualquer jeito e fui andar. Não dava para acreditar que eu estava em Londres... Levei os mapas, guias, mas fui andando meio sem destino. Sentei numa pracinha e fiz um lanche. Havia várias pessoas fazendo piquenique pelas ruas, que estavam cheias.

Fui andar mais um pouco e avistei o River Thames. Fiquei impressionada. A London Eye, ou Millennium Wheel (...risos...). Atravessei uma das pontes e tinham vários artistas. Uma menina fazendo um desenho lindo no chão. Um grupo imitando os Beatles.

Fiquei observando, depois comprei um sorvete e fiquei olhando o Tâmisa, impressionada. Uma frase saltou aos meus olhos, escrita num dos bancos: “Everybody needs a place to think”. E eu fiquei ali pensando...

Continuei andando, estava com fome de novo, procurava um lugar pra comer e eis que dou de cara, sem pretensões, com o Big Ben. Gente, eu estava em Londres!!! Nessa altura, quase atropelada diversas vezes, carros andando ao contrário... Logo depois, olhando bonitinho pro chão, escrito, “look right”, “look left”...

Comprei um sanduba e fiquei comendo, ligeiramente deslumbrada. Em frente à Casa do Parlamento, diversas faixas contra a guerra; amei.

Continuei andando, andando, até que resolvi voltar pro hostel. No caminho, fui reclamando, porque queria jogar alguma coisa fora e não tinha uma lata de lixo; “p de primeiro mundo”. Estava distraída abrindo a porta de entrada do hostel, quando ouvi assim: “você é do Brasil?”. Era o Rique. Viria a ser um dos meus grandes amigos de Londres.

Uma figuraça, um gay muito louco que "pegou" mais mulher que praticamente todos os outros carinhas do grupo... Junto a ele, conheci a Ta, uma gaúcha gente boníssima também. Eles também me contaram sobre a bomba que tinha sido encontrada numa lata de lixo em Oxford Circus, por isso, eles haviam retirado as latas de lixo...

Ficamos conversando muito. Ele tinha começado a viagem pela Europa, em Londres, mas não conseguiu mais sair de lá; já estava por um mês. Ela tinha feito um curso e acabou ficando... “ai, meu Deus, como vou conseguir sair daqui???”- isto era um pensamento que já vinha atormentando. A idéia de que eu moraria em Londres fácil fácil já tinha se apoderado de mim desde a hora que saí do metrô, em City.

Euzinha

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Na chegada tudo é mais do que novidade né? Até se a lata de lixo é diferente, a gente olha tanta coisa que fica até perdida né? E acho que justamente pela adrenalina que tudo isso gera, a gente tem muita fome!

::Espontânea::

3:11 PM  

O q vc me conta?

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