Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

18.6.05

Enfim Pirâmides...

Logo estávamos amigos dos brasileiros: Cris e Flavio. Super coincidência dos nomes. Neste dia, eles iam para Coyoacán, mas nós estávamos fissurados para ver Pirâmides, até porque havia previsões de chuva para as semanas seguintes ( e realmente choveu).

Fomos então de metrô para Teotihuacan. Engraçado que, indo de metrô, vimos vários painéis relacionados à ciência, à história, sem contar os monumentos pré-colombianos descobertos durante as escavações do metrô.

No metrô, você sente como se estivesse no Brasil, crianças entrando com cara pintada, cantando, pedindo dinheiro, sem contar o “eu podia estar roubando, mas estou aqui pedindo”, só que em espanhol ( seria cômico, se não fosse trágico).

Carregávamos sempre várias garrafas d’água. O tempo todo. A sede era infernal e a fama da água no México não era das melhores. Se for, cuide bem da água que vai beber por lá...

Em Teotihuacan, de cara, você já se deslumbra com a grandeza do lugar. Maravilhoso. Já previ que iria gastar, no mínimo, um filme ali... Eu ia lendo as placas e vendo aquela imensidão maravilhosa....

Andando, andando, todos os vendedores – que são muitos – e alguns visitantes se aproximavam e falavam português. Ficamos nos perguntando se estávamos com cara de Brasileiros.

Depois, o mistério foi resolvido... Tínhamos ido dormir muito tarde no dia anterior e não tínhamos preparado roupa para sair. De manhã, para não acordar a galera, pegamos as roupas no escuro e o resultado é que acabei indo para as pirâmides com uma blusa com a bandeira do Brasil...

Começamos o tour pelos novos templos de Quetzalcoatl. Passamos por vários lugares, cheios de energia e histórias... Depois fomos para Pirâmide do Sol. F zoando: “não dá pra negociar, não? Subimos só uma das duas, a da lua, por exemplo?”.
Ao que retruquei que não sabíamos quando iríamos voltar, queria subir as duas, mas que ele subisse comigo a do sol, depois, se fosse o caso, subiria a da lua também....

Pirâmide do sol então. Paulera, 233 degraus para chegar lá em cima. Eu realmente contei, acreditem... E nós ainda estávamos sob os efeitos de diferença de altitude. Bebendo água, água, água... Mas, quer saber, vale a visão lá de cima. Espetacular. Chegamos a deitar no chão. Um mundo de turistas. Um mundo de gente boquiaberta, acima de tudo.

Depois, Rua dos Mortos para chegar até a Pirâmide da Lua. “Joelho de Aquiles” já “chapadão”. Esta pirâmide é menor, mas já estávamos exaustos. E a visão lá de cima é ainda mais bonita. Com uma visão privilegiada da Pirâmide do Sol e de toda a região... Ainda fomos para o Museu, que é maneiríssimo. Tem um lugar com uma maquete reproduzindo todo o local. Maravilhoso.

E eu vi Pirâmide ( risos)...

Euzinha