Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

25.8.04

Back to Brasil

Agora, engraçado é voltar e ter a sensação de que, tudo que antes fazia sentido, parece estranho e sem razão. Não se pode dizer simplesmente: “voltei”! A mente continua raciocinando em inglês e assim teima por um tempo...

De repente o que parecia frio, em temperatura, e um tempo de férias, parece a realidade mais próxima e aconchegante. Pubs, coffee shops, cafés, clubs e todas as noites contínuas, muitas das quais recheadas de momentos e detalhes que a memória certamente vai trair...

Parte do meu eu quis loucamente escrever sobre o prazer de voltar, ver o sol brilhando, meio tímido, sob os auspícios da chegada do “inverno”. E com o velho hábito nas costas, ainda se dar ao luxo de vestir um short surrado e - que maravilha- calçar a havaiana preferida (que não custou dezessete pounds...), vermelha, dando umas férias para um pé cheio de bolhas, desacostumado a sapatos fechados como botas...

Parte do meu eu ansiava o nascer do sol no Recreio, quiçá um maravilhoso pôr-do-sol na Pedra da Macumba. Amando até o favoritos no “velho” computador de trabalho, recheado de “acentos”...

“Todas as outras metades” sonhavam com o copo do final do dia, precedendo as loucas noites nos clubs, até mesmo aquela noite surreal no The End... As loucas noites quase sendo atropelada, pelos carros e pela vida...

Pegando carona no novo e desconhecido dia a dia de vivenciar uma nova e louca cidade, como Londres, da qual, exatamente como um amigo previra, penei para conseguir ir embora....

Sem dúvida alguma um turbilhão de memórias e histórias pelos quais se vai passando... Nenhum que tenha ficado marcado a ferro e fogo como foi a loucura de Londres... Literalmente tarada por Amsterdam, sonhando em voltar, ainda assim, ficando em Londres, ficando e ficando...

Agora? Tentando aprender a "voltar"; mesmo...

Euzinha


2 Comments:

Blogger Espontânea said...

Hey Spring-girl!!

Sei bem o que é isso que você sentiu (ou ainda sente)!! É um misto de sensação boa e melancólica... quantas vezes a gente não pensa em voltar né?

Adorei a maneira poética com que traduziu parte disso que sentimos ao voltar de uma terra querida para outra mais querida ainda, ao voltar de uma fantasia real para a realidade que fantasiamos (ou qualquer coisa assim)...

Acho que vou me animar e escrever no meu blog também!

Beeeeeeeeijos

Espontânea

9:54 AM  
Anonymous Anonymous said...

Dani,

Dear, estou adorando o seu blog....esse texto aqui está lindo, muito poético. Vou correndo ler os outros. Muitos beijos

Leila

7:29 AM  

O q vc me conta?

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