Duas Primaveras

Você já pensou que, enquanto o sol brilha aqui, no outro lado do mundo já é noite? Já viajou e chegou na mesma hora que você saiu? Pois é. Tudo é uma questão de referencial. E de cultura! E quando se "viaja", pode-se mudar tudo; variar de parâmetros, personagens, sem compromissos!!! Eu vivi, feliz, duas primaveras... No Brasil e na Europa... Aqui vão estas e muitas outras. E que seja assim sempre: várias primaveras de mim mesma!!!

30.10.06

Fim de semana em Palm Beach

Galera, desculpa a demora para atualizar aqui...Mil coisas... Dentre arrumar documentacao para enviar para minha irma e, acreditem, fazer declaracao de imposto de renda na Australia..... Se eu ja naum gostava no Brasil, imagina aqui..... Vou acrescentar tambem meu horoscopo, que eu li outro dia e adorei....



Vamos la.... Verdade seja dita... Quando eu peguei o trem, na Centraal Station, eu estava um caco... A viagem durou mais ou menos uma hora e meia e eu nem me esforcei para naum dormir, porque ia saltar na estacao terminal, em Robina, Gold Coast. O sono era tanto, por causa da longa semana de trabalho, que a viagem foi super rapida.

Chegando la, naum tinha onibus para casa dos meus amigos e M foi me buscar de carro. O carro novo deles, super legal. Fomos entao para o "bairro" deles: Palm Beach. M fez cafe da manha para mim enquanto eu, aliviada, tirei o sapato e troquei de roupa. Depois, por incrivel que pareca, foi sonao. Dormi umas boas quatro horas. Nem de longe compensou as noites nao dormidas, trabalhando durante a semana, mas deu ao menos um gas...

Depois que acordei, fomos todos dar uma volta na cidade. Terminamos a noite no famoso cassino ( gente, fiquei na duvida como escrevia esta palavra em portugues...hehehe). Claro que, para variar, eu perdi dinheiro. Pior que dizem "azar no jogo, sorte no amor". Pelo visto deve ter um terceiro componente da frase que ainda naum me foi apresentado, onde eu vou ter sorte...risos... Ok, ok, vou parar de reclamar...

O engracado eh que a gente so perdia dinheiro, mas ficava ouvindo a galera ganhando nas maquinas, aquele som das mil moedinhas caindo... Hilario. O cassino estava lotado, muita gente apostando alto, sobretudo nas mesas de cartas. Ficamos assistindo a umas partidas e te direi como aquela mulher movia a mao rapido ( crupier).

Por incrivel que pareca, estes meus amigos naum bebem, mas me chamaram para beber. O unico problema eh que Danizinha estava tomando remedio para tendinite e naum podia beber. Dessas coisas ineditas na vida, eles bebendo e eu so na aguinha, suquinho...risos....

D ficou brincando que o coquetel, de onze dolares, parecia um milk shake. Fiquei tentada a mandar o remedio para os quintos, mas depois lembrei da dor na minha mao e resisti bravamente.

O bar em que ficamos bebendo fica exatamente ao lado do cassino, bem como existem restaurantes nos andares superiores. Logo o bar estava lotado, comecou a tocar um DJ especial e tambem teve um show maneirissimo de uma cantora desconhecida. Naum so para nos, creio eu...

A gente ficou brincando porque os segurancas estavam pedindo documento para todo mundo, mas para nos eles naum tinham pedido. Ficamos dizendo que estavamos com cara de velho. Mas ai eles comecaram a pedir para gente visivelmente bem mais velha que a gente. Entao we jump to the conclusion que nos estavamos parecendo turistoes, ou entao tinha sido apenas um descuido...

Engracado que, nesse meio tempo, recebi uma ligacao de N, da Korea, querendo combinar de sair. Por meio dela, soube que as meninas estavam em Gold Coast, a maior coincidencia. Mas acabamos naum nos encontrando, porque cada um estava enrolado com uma coisa.

Domingo, fui com D para o parque de Burleigh Heads. Eh uma caminhada linda, cheia de plantas, flores, com uma vista ainda mais maravilhosa da praia. Foi bom para fofocar e matar as saudades.

Depois, ficamos no mirante, no alto do parque, no local onde o pessoal fica tentando ver golfinho. E eu vi, gente! Que fofura, no maior salto.

Resolvemos entao ir ao cinema e foi a novela para entrar no shopping. Por eles sao muuuuito familia e as coisas fecham cedo. Shopping fecha cinco, seis horas, dependendo do lugar... Compramos algumas coisas num super que estava aberto e finalmente conseguimos chegar no cinema, para assistir ao engracado filme, Friends with money. Porque todos nos "temos um problema"...rs....

Voltamos de onibus para casa e foi divertido porque quase perdemos tambem o ultimo onibus. Um australiano ouviu a gente perguntando e falou que podiamos saltar em frente ao Centro de Convencoes e pegar outro la. A maior sorte porque ele estava indo para o mesmo lugar que a gente.

Tinha que ver a gente correndo para atravessar as pistas e pegar o ultimo onibus do outro lado.... Eu e D fomos conversando e entraram varios teens no bus, fazendo a maior barulhada. Nesse meio tempo, uma velhinha estava toda enrolada para saltar e eu fui tentar ajudar, mas o motorista me parou.

Eu naum entendi nada, mas D me disse que, ao contrario de Brisbane, la as pessoas consideram falta de educacao se voce tenta ajudar, como se estivesse chamando a pessoa de disabled. Mas o problema eh que as pessoas idosas muitas vezes tem deficiencias.... enfim....

Naum discuti, continuamos conversando e quase perdemos o ponto. Quando iamos saltar, o motorista pediu desculpas pela parada porque estava indo rapido. Voces vejam o que sao as coisas fora de contexto.... Eu achei que ele estava pedindo desculpa por ter parado ali, porque fizemos o sinal e ele estava indo muito rapido. Mas, na verdade, ele estava me pedindo desculpas por te me parado, porque eu estava indo muito rapido e ele achou que ia atropelar a velhinha... Ve se pode....

Domingo a noite, rolou um vinhozinho, que eu naum bebi...rs.... Muito papo, muita risada. E ainda falei com minha familia do Brasil. Infelizmente, como tudo que eh bom dura pouco... Segunda aa tarde eu ja estava fazendo compras para preparar comida para a semana e minha vida "escrava" estava comecando de novo...rs....

23.10.06

Aniversário do Jac

Eu estava pensando, mais uma vez, em ir visitar meus amigos em Gold Coast, já tinha combinado e tudo. Mas então eu me lembrei que alguém tinha comentado, no churrasco na minha casa depois do Riverfire, que o aniversário do Jac seria na semana seguinte. Como eu fui na universidade na quinta antes do tal fim de semana, aproveitei para confirmar com ele. Sim, seria aniversário de meu amigo Jac, que então ainda não sabia o que iria fazer. Por via das dúvidas, mas uma vez decidi ficar em Brisbane.

Estou eu chapada, dormindo, exausta, no sábado, quando resolvo ligar o telefone para ter noção das horas. Eu me assustei com a barulheira de mensagens recebidas. Sand and Royce me catando, porque iriam comemorar o niver do Jac, almoçando fora. Falei com eles, que eu não tinha condições físicas de me levantar, mas que estaria presente no bolo surpresa que eles iriam fazer aa noite.

Eu ate pretendia acordar mais cedo e fazer algum doce, algum outro bolo para levar para o Jac, mas quem disse que eu consegui... Eu mal consegui me levantar. Tomei banho e fui de taxi para casa dos meninos, com uma caixa de cerveja e, ao menos, meu bom humor.

Ficamos bebendo e conversando besteira em casa as usual. Lá pelas tantas, para não perder a tradição, fomos ao Story Bridge Hotel, ou how the hell is the name of the pub....

Quando chegamos ao pub, já estávamos mais para lá do que para cá, as usual again... Lá estavam as mesmas pessoas, os mesmos garçons, a mesma música. Divertido como sempre. Conhecemos algumas pessoas e terminamos a noite com muitas fotos e muitos brindes. Infelizmente nenhuma das fotos ficou boa, porque alguém - talvez eu- desligou o flash na máquina e ninguém reparou no dia ( Ara diz que sim, mas não me lembro).

Dia seguinte, ainda me recuperando, de novo, e Jac me liga. As comemorações continuariam. Ele ia cozinhar para galera toda. Fui eu tomar banho e me arrumar para comer uma excelente comida e finalmente o tal bolo. Foi uma tarde divertidíssima. Falamos muita besteira, tiramos várias fotos, cantamos, comemos, bebemos. Até filme assistimos... Um que eu queria ver fazia tempo: "Memórias de uma gueixa" (acho que o nome é esse em português). Faltou G, comentamos isso. Lembramos também várias histórias. Sei que Jac e Sand tinham tirado a semana de holiday e embarcaram no domingo aa noite. Saimos bem tarde de la. Eu? Ainda me sentindo bem, porque só teria que trabalhar na segunda aa noite.

18.10.06

E assim eu vou matando a saudade

Uma carioca, apaixonada pelo Rio, só poderia ir morar num local famoso pelo sol, que se auto-denomina Sunshine State. Isso está escrito em todas as placas dos carros daqui, acho um barato! Quando eu vejo o sol brilhando, de manhã cedo, refletido no Rio Brisbane, eu me sinto tão feliz. Ou aquele maravilhoso sunset, uma mancha vermelha no céu, como uma bonita saudade do meu querido Rio de Janeiro. Lembro de Sheiloca me zoando, porque escrevi Rio, assim, maiúsculo, aqui…

Dia desses, estava indo pegar o City Cat e cruzei o Mowbray Park. Há um caminho, mais rápido, por dentro do parque. Vi um cachorro, lindo, agitadíssimo, excitado. Quando olhei de novo, o cachorro estava correndo, animadamente, em direção a uma menina. Ele se jogou aos pés dela e ficou fazendo uma festa. Daquela simplicidade nos animais que eu amo. Definitivamente mais uma cena memorável.

Aqui, também é possível estar sentada na minha varanda, fumando, e vendo os pássaros pousando no corrimão da sacada. Um mais lindo que o outro. Fabito me perguntou sobre os pássaros daqui. Sim, Fabito, é possível ver diferentes pássaros, cantando, de peito azul, cabeça amarela, bico comprido etc. Todos lindos.

Volta e meia você esbarra com um gambá, que não fede. E na série o mundo animal… O que são os gatos daqui? Eles são grandes, gordos, parecem selvagens. Ulisses e Vania iriam adorar. Vocês, meus amigos biólogos, iriam ficar loucos por aqui.

A saudade é muita. Vivo sonhando que estou no Arco do Teles , bebendo com os amigos. Ou no Planalto. Devassa. E o engraçado é que sempre sonho e converso com vocês como se eu estivesse na Austrália, mas estamos todos bebendo num bar habitué do Rio.

Por todos os cantos, há sempre detalhes que me fazem lembrar os amigos. Como a menina, outro dia, no City Cat, brincando com um daqueles mobiles que você tem que acertar as cores em todas as faces, lembrei da Sheiloca, na casa do Andre e da Debora, “promovendo o caos” comigo…

Quando ouço Cazuza, cantando Exagerado, lembro do Fernando falando da “Dalila, exagerada, verdadeira”. Aí eu lembro das quintas-ferias da CEF e do óculos azul. Já quase comprei um outro óculos azul aqui…

Outro dia, estávamos lanchando de madrugada, por volta das duas da manhã e uma bêbada estava socando os anúncios em frente ao Myer Shopping. Da série loucos, encostado na parede do Mc Donald’s, um cara falava e ria sozinho. Sem celular, sem nada… Uma colega de trabalho ficou zoando que ele devia ter fugido do Varandas, uma instituição para maluco aqui. Eu disse que eu falava e ria sozinha todo o tempo, lembrei da Little Tá me zoando, que da varanda da casa dela me via descendo a ladeira, gesticulando e falando sozinha…risos….

Quando sento na Queen Street para lanchar, fico bem próxima da Louis Vitton e lembro da minha irmã. Tem umas 3 mãozinhas que ficam rodando, segurando algumas bolsas na vitrine. Mana iria adorar… Lembrei dela também outro dia. Minha amiga venezuelana, Sand, estava fazendo escova na minha amiga mexicana Ara. Eis que ela me mostrou o secador que levou e todos os apetrechos, a cara da minha irmã via jar com todas essas coisas…

É normal aqui ver as pessoas com piercing, sempre lembro de pupila Ju, que, aliás, iria adorar a atmosfera de Brisbane. Quando eu bebo Cascade, lembro da Aninha. Trabalhando que nem louca no Ekka, lembrei de pupila Pam Pam e da gente se esbarrando no Rio Centro, tentando resolver a mess que tinham feito com nosso agendamento da imprensa. Já quase vejo minha irma fissurada no sundae de chocolate daqui, que tem outro nome e vem cheio de calda de chocolate. Paulinho e Marquito iriam adorar as ondas. Quase posso vislumbrar uma conversa animada entre eles e Patrick….

Outro dia sonhei que estava combinando ao telefone com Pati de ir passar o fim de semana em Miguel, como se fosse logo ali… Sonhei que Vi estava viajando comigo para Tasmania e olha que faz tempo que a gente não viaja junta. A cada churrasco, lembro de meu parceiro Mellão. Todo o tempo, detalhes me fazem lembrar cenas e histórias engraçadas do passado, ou coisas que meus queridos amigos certamente iriam adorar por aqui. Ai, queridos, a saudade é muita, mas eu realmente fell in love with Brisbane… Nem posso imaginar minha vida sem o timetable e o City Cat… Mas uma coisa vocês podem ter certeza: vocês estão comigo o tempo todo!!!

Hoje, daqui a pouco, devo ir almoçar ( detalhe: às 3 da tarde…) na casa de duas amigas. Primeiro eu fiquei pensando que aqui todo mundo mora perto… Depois eu ri, pensando na questão do referencial, mora perto de mim, mora perto da universidade, mora perto do coração de Brisbane, mas todos estão morando bem longe dos países de origem. Engraçada a vida, muito divertida…. Tenho de ir, mas fico com a imagem de um cartão postal que eu tinha pregado na parede, no meu ex-trabalho, escrito: “ E que fosse domingo sempre”….

14.10.06

Riverfire

Um amigo tinha me mandado uma mensagem, na semana anterior, perguntando que eu iria fazer no tal sábado, no riverfire. Eu, alienada, trabalhando que nem cachorra, achei que ele tivesse escrito errado Riverside. Depois eu descobri que não, Riverfire é uma famosa queima de fogos que ocorre, na Story Bridge, em vinte e cinco locais diferentes ao longo da ponte. Fireworks integra o Riverfestival, um festival que ocorre em Brisbane, desde 1998, para celebrar o rio, a vida aqui e, pasmem, para discutir também questões ambientais. Este ano a grande discussão foi sobre água reciclada. Não sei se já comentei aqui, mas Brisbane enfrenta um sério problema de falta d'água, porque raramente chove aqui. Temos o chamado nível 3 de restrições, onde as pessoas tem de diminuir o tempo de banho, não podem lavar carro, nem fazer a farra com a mangueira, molhando o jardim. Curioso que, na semana do Riverfestival, o rio Brisbane tinha atingido níveis excelentes porque havia chovido durante 3 dias....

Durante o Riverfestival, ocorrem várias atrações em diferentes pontos da cidade. Exposições, festivais gastronômicos, além de palestras ambientais. A idéia é super legal. Achei engraçado o nome de "rio" no evento, que aliás é uma mania aqui para denominar várias coisas. Eu adoro...rs.....

Bom, tendo descoberto o que era o riverfire, foi um problema.... Porque eu, primeiro, tinha combinado de viajar. Depois, quando a viagem furou, eu tinha oferecido minha casa para comemoração do aniversário de meu colega espanhol M. E, portanto, haveria uma "cabeçada" na minha casa. Por fim, consegui contornar a situação, coloquei a festa para mais tarde e fui assistir ao Riverfire em New Farm.

Fomos eu, Si, Jac, Sandrita - a venezuelana que agora está aqui, história de amor de cinema....-, R e A. Nós nos encontramos em frente à casa da Si e fomos caminhando. Nesse dia, o City Cat estava uma loucura, nunca vi tanta gente junta. O rio Brisbane estava cheio de veleiros, muito legal. Quando cheguei na estação Sydney Street, fiquei esperando minha amiga A e um cara puxou conversa comigo. Perguntou o que estava acontecendo de anormal na cidade... Enquanto conversávamos, aviões de caça faziam show entre os prédios da cidade, um barato.

Para juntar todo mundo nesse dia, foi um caos. Eu nunca tinha visto a cidade comme ça.... Tinha uma verdadeira multidão no local onde assistimos, que tinha uma vista privilegiada da Story Bridge. Não adianta, essa ponte está sempre na minha vida...rs.... É um espetáculo mesmo, quando começa e quando termina, os tais aviões de caça passam como um turbilhão de fogo. Depois, começam a explodir vários fogos ao longo da ponte, incluindo uma cascata de fogos. Muito legal mesmo. Assistimos a tudo bebendo cerveja e falando besteira. Beautiful, beatiful, Si não se cansava de repetir. Mais um momento especial que compartilhamos; eu, Jac e A comentamos.

Dali, íamos para minha casa para o tal churrasco, a tal festa. Si enrolou, enrolou, não queria ir porque tinha que ir ver o pai no outro dia de manhã, que era dia dos pais na Austrália, bem depois do dia dos pais no Brasil, muito estranho..... Acabou decidindo pegar o carro e ir com a gente. O problema é que esquecemos que a Story Bridge estava fechada e tínhamos que achar um caminho alternativo ( nunca tinha pensado nisso, como chegar a cidade sem a Story Bridge, é como a ponte Rio-Niterói).... Os meninos tinham ido comprar bebida de táxi e nós ainda fomos a Petro Station. Resultado que eles chegaram primeiro que a gente na minha casa... K me ligou dizendo que meus amigos já haviam chegado.... Até em Brisbane eu chego atrasada para os meus próprios churrascos....rs...... Viu, Mellão....

Si voltou para buscar outra amiga australiana. Depois chegou Moon, amiga da universidade, com uma cabeçada de orientais, eu mal conseguia distinguir entre eles ( apesar de que agora começo a saber quem é da China, quem é da Corea ou Japão). Os espanhóis J and M. Cathá e mais uma cabeçada também. Até Ry apareceu, vindo de um campeonato de dança, onde ele tinha ganho o terceiro lugar, estava feliz da vida....

De todas as festas na minha casa, esta foi uma das mais estranhas, embora tenha sido boa e divertida. J fez a festa com os cds de K, com direito a ouvir músicas em português também. Tinha vinho, cerveja, vodka. A geladeira ficou lotadíssima. A caixa de bebida que eu havia ganho no Ekka se foi... Com direito a Ry tentando ensinar salsa a uma coreana, bem no meio da minha sala. Com direito a ataque de piti da nova sharemate. E, no final da noite, Ry comendo que nem um condenado fast food de um take away próximo a minha casa. What a strange nite.....

11.10.06

Llorar

Duas semanas afastada do mundo, só trabalhando, trabalhando. Totalmente em dívida com os amigos, principalmente com G, uno hermano adoptado. Decidida a deixar o cansaço de lado e esquecer a necessidade biológica de sono, decidi ir ao hospital, ainda de manhã, bem cedinho, pouco depois das sete.

Primeiro, tive que convencer a enfermeira a me deixar entrar. O horário de visitação só começava às onze horas. Jeitinho brasileiro conta nessas horas. Depois fui procurar onde ficava a Bed 42 do Flat 10 no Mater Hospital, em Brisbane. A primeira vista foi um choque. Quando abri a cortina, dei de cara com ele, tentando ver quem era. Magro, magro. Segundo ele, oito quilos perdidos nas tais duas semanas.

Tentando me refazer do choque e nao assustá-lo, corri para dar um beijo e abraço. Daqueles gestos que valem mais que mil palavras. E, por muito tempo da visita, assim fiquei, abraçada a ele, em silêncio. Perguntei sobre os acontecimentos das duas semanas, que obviamente não chegavam a ser novidades. Procurei me informar sobre os procedimentos do visto dele, sobre a volta, os remédios, enfim, tudo inerente a ele e ao que estava acontecendo.

Mas havia algo pairando no ar. O olhar dele para mim, ainda que não estivesse enxergando muito bem, mergulhava fundo na minha alma e me abria a dele. Os gestos, o corpo, todo ele exalava um misto de sentimentos, jorrando pela alma cortada, invadida. Eu podia sentir a frustração. Como um sonho agonizando. Todos os planos dele de estudo, o master degree. Todos os nossos pensamentos de viagem. As festas planejadas, até mesmo o aniversário dele, que já não tinha sido como havíamos pensado. O nosso silêncio era daqueles gritantes. O olhar dele era indescritível. Como quando se está perdido e se busca referência de si mesmo. Eu não sabia o que dizer. Não há muito que dizer. É só carinho e o mais próximo de fé que se puder ter.

Mas como eu havia dito para nossa professora, eu sempre buscaria o melhor sorriso, do fundo da minha alma, para oferecer alegria, energia, nesses momentos que ele tanto estava precisando. Por isso, a angústia crescia no meu peito. A garganta estava seca. E os olhos marejados desviavam para esconder que eu estava compartilhando aquele turbilhão de sentimentos com ele. Contei sobre os problemas de saúde da minha irmã, durante nossa infância. E não escapei das tais palavras de força, "vamos lá", embora desnecessárias; minha presença ali, meu abraço, meu sorriso estavam dizendo isso mil vezes mais.

Enquanto esperávamos a enfermeira vir buscá-lo para o banho, ele começou a ficar sonolento, pois não havia dormido direito. Reclamou do vizinho de cama, um senhor com insônia, que havia passado a noite ouvindo a televisão na alturas, ainda que as enfermeiras tenham desligado a televisão várias vezes, ele voltava a ligar... Os minutos que a enfermeira tinha permitido já tinham passado há muito, mas quem é capaz de pensar nisso abraçado a um amigo doente??? Achei melhor perguntar sobre o banho, que estava demorando, e ir embora. Antes, pedi a enfermeira para deixá-lo cochilar, que ele poderia tomar banho depois. Pedi encarecidamente que fosse resolvida a questão com o vizinho da insônia. Perguntei sobre o médico de G, que não estava por lá. Tentei me informar sobre o quadro dele, ninguém soube responder. Respirei fundo e resolvi, de uma vez por todas, render-me ao cansaço e ir para casa dormir um pouco. Se eu conseguisse...

Caminhei em direção ao elevador e senti o rosto quente, uma vertigem, as lágrimas explodindo do meu rosto, quase começando a soluçar. Entrei no elevador de cabeça baixa e saí de óculos escuros, ainda numa explosão de sentimento. Acho que foi a primeira vez que eu chorei aqui na Austrália. Chorar, chorar mesmo. Tive os olhos cheios de lágrimas algumas vezes, lágrimas emocionadas, bons momentos, mesmo alguns nostálgicos. Ali, era a angústia, o medo, a preocupação explodindo. E eu chorei todo o caminho até a minha casa, mais ou menos vinte minutos a pé. E não dormi. Passei longos minutos na varanda, assistindo aos filhos de um amigo brincando. Fumei vários cigarros e com eles acendi e apaguei minha angústia seguidamente....

Nos dias que seguiram, deixei o cansaço de lado e fui todos os dias ao hospital. Parecia um zumbi, mas queria aproveitar os últimos momentos de G na Austrália. Houve visitas em que parecia uma verdadeira festa no hospital de tanta gente. Com direito a amigos roubando os doces que G havia ganhado, mas que não podia comer, pois estava enjoando facilmente.

G tentava levar tudo no bom humor, ao mesmo tempo triste por voltar nessa situação, mas feliz por ir para perto da família. A prima de G, Lily, passou estes últimos dias com ele no hospital, fazendo n jokes e animando meu querido amigo. Passeei com ele no hospital, o único momento em que ele levantava da cama, dando a volta olímpica, como ele brincava, o que significava dar a volta no andar com o andador. Mas ele acabava andando rápido e voltava para cama com vertigem... Ansiedade juvenil... Conversei com uma das enfermeiras, falei com o médico, mas a verdade é que ninguém sabia dar uma informação precisa, porque a doença não permite isso.

Na véspera do vôo, G saiu do hospital e foi para casa de nossa amiga Simone ( normalmente não escrevo o nome, só coloco a inicial, mas estou escrevendo porque isso vai render um post à parte), que é enfermeira e podia ajudar em caso de algum problema. Aliás, Simone foi quase um anjo. Acompanhou de perto todo a estadia de G no hospital, conversando com os médicos e dando todo o apoio, inclusive profissional. Foi também ela que levou G para o aeroporto com uma super van da universidade, que podia abrigar a cadeira de rodas de G.

Na casa de Simone, terça-feira, o clima era outro. Fiz de tudo para sair mais cedo do trabalho para poder dar mais um abraço e mais um beijo em G. Cheguei esbaforida na casa de Si, achando que ia ser uma coisa mais íntima...tinha uma multidão no apartamento. Nem parecia que aquele era um paciente de 3 semanas internado no hospital; G estava alegre, com uma camisa vermelha, um boné escrito Brisbane e um gostoso bom-humor, de quem está entre amigos.

O clima era de descontração total. Gente conversando por todos os lados, comida à beça, um verdadeiro farnel. Si mostrando seus dotes culinários em pizzas caseiras e bolos deliciosos. Eu não parava de beber café, porque sabia da minha próxima jornada de trabalho. O idioma predominante era o espanhol, visto que mais da metade das pessoas presentes vinha de um local com o espanhol como língua mãe; Colômbia, México, Espanha e Argentina. Tinha também o pessoal Australiano e eu, brasileira, claro.

Tiramos várias fotos, falamos besteira, lembramos histórias. Foi uma "beautiful" night... ou nite, como eles escrevem aqui.... Na hora de ir embora, foi um "parto". Eu, A and Ira nos despedimos mil vezes... Ajoelhei ao lado de G e o abracei, segurando sua mão. Estava de lado e ele perguntou quem era, "Dani???". G estava com aquele sorriso bonito no rosto, que eu quero guardar, dizendo para mim que não me queria triste, que aquilo não era uma despedida, que a gente ainda ia se ver no México, na Austrália, ou no Brasil. "Don't say goodbye, Dani", foram as palavras dele. "You can say 'See ya soon'", "Puedes también decir 'Hasta Pronto'". Assim, misturando inglês e espanhol, como sempre foram nossas conversas.

Claro, meu querido amigo G, hasta pronto e, como eu disse, "fuerza", "be strong". And todo o amor que houver nessa vida para você...

8.10.06

Ekka

Nas semanas que antecederam o Ekka, eu já estava fora de circulação, trabalhando que nem cachorra, como se diz no Brasil... Posso dizer que estava aproveitando até o último segundo do meu holiday para tentar economizar para uma futura viagem. Ah, sim, claro, o que é o Ekka, esqueci de dizer... Ekka é um grande festival aqui, que ocorre em Valley, na verdade em Bowen Hills. E é grande mesmo. Imagina um grande festival, maior que o Rio Centro, no Rio. Com stands de comida, brinquedos, parque de diversões, estádio com diversos eventos e campeonatos, atrações especiais para crianças, diversos shows etc. Muito, mas muito grande. Eu mesma não vi nem um décimo, o máximo que eu vi foi bem perto de onde estava trabalhando no Woolworths Pavilion, close to the gate 1, the main entrance. Tem inclusive um feriado, Ekka's day, para celebrar Queensland, algo assim.

Eu achei que iria trabalhar, como em qualquer outro dia, muito, mas tranquilo, sem muitas responsabilidades. Cheguei lá, no primeiro dia oficial do evento, fui alocada no Woolworths, perguntei quem era meu supervisor e descobri que eu era a supervisora, enquanto a chefona me dava um rádio, um monte de chaves e de informação. "what?", foi minha reação... Como assim supervisora.... Como assim eu vou ter que ficar com esse rádio.... As duas semanas que seguiram foram um loucura. Não vi meus amigos, não visitei G no hospital, praticamente saía do Ekka, ia para casa e dormia, para acordar de novo as seis da matina.

Por um lado, foi divertido. Conheci um bando de gente, fui convidada para conhecer algumas fábricas de alguns expositores - e eu vou, se eu arrumar tempo-, vi alguns shows super interessantes, apresentações de corais, além de comer que nem uma condenada. Todo dia a gente ganhava um monte de coisas. Calamaris, iogurte grego, queijo francês, chilli, entre mil outras coisas. E minha mãe preocupada se eu estava comendo... Mandei até foto com essas guloseimas... Tinha mesmo que ter mandado foto no dia em que eu ganhei mais de 40 caixas de donuts... Tinha que ver, dei donut para todo mundo e inclusive fiquei com donut congelado na geladeira várias semanas...

Normalmente, no meu break, eu estava tão cansada, que só caminhava até o outro pavilhão. Um dia, assisti a um campeonato de motocross no estádio. Mas, normalmente, ia para sala da empresa, onde eu podia fumar, porque é proibido fumar em público com o uniforme da empresa... Estranhas frescuras daqui... Também passei vários breaks com minha amiga Kim, australiana, que trabalhava no Lost and Found. Aliás, engraçado a quantidade de coisa que a galera perde. De tudo... Teve carteira devolvida com dinheiro, vários celulares. Eu mesma entreguei uma pulseira de ouro. E eles vão procurar mesmo; um dia apareceu uma mulher procurando um par de meias... Achei que eu tinha entendido errado, mas não... Como alguém perde um par de meias??? Melhor nem saber.....risos....

E o que era aquele rádio....o dia inteirinho ouvindo o bafafá em inglês... E o pior que algum engraçadinho descobriu nossa frequência e às vezes eu estava resolvendo algum problema perto de um expositor e começava a tocar uma música, um hino no rádio... Eu não sabia onde enfiar minha cara... Juro que aquele rádio me dava dor de cabeça. No final do dia, eu continuava ouvindo as frases "Did U copy that", do it, do that... Não sei o quê não está funcionando não sei onde, água vazando do palco, alguém que vomitou na praça de alimentação, banheiro sem água, bla bla blá.... Eu quase fiquei louca...rs..... Ah, claro, e quando eu não entendia alguma coisa, era hilário.

A minha equipe variou. Tive dois brasileiros trabalhando comigo, um deles, terrível. Sempre lerdando e não fazia nada do que pedia, eu queria "matá-lo" nas primeiras duas horas. O outro era uma figura, já trabalhei com ele depois em outro evento. Tudo que eu pedia a ele, ele falava "tranquilo, facinho". E estava sempre de bom humor também, uma figuraça. Já chegou falando: "pô, tu é brasileira, pode falar português comigo". Eu ri. Ele perguntou: "caramba, quanto tempo está aqui?". Eu respondi pouco mais de cinco meses - na época- e ele ficou estupefato porque eu já era supervisora. Eu nem disse a ele que só trabalhava na empresa há pouco mais de dois meses...

Tive também dois australianos, entre eles, Daniel, o que era engraçado, porque era Dani, Dani...rs.... E a espanhola e o francês, o que me fez pelo menos arriscar as outras duas línguas com eles ao longo do evento, pobre de minha mente.... O francês era também muito divertido, resmungava à beça e ficava todo feliz quando eu pegava algum produto para ele, como leite, doce, algo assim.

O fechamento do Ekka também foi muito legal. Como todos os dias, teve uma queima de fogos, mas super especial. Vários minutos de um espetáculo de fogo no céu. Muito interessante. Eles se amarram num fireworks here.... Eu me lembro que peguei um táxi para ir para casa, tal era o cansaço e a quantidade de coisas que eu estava carregando: macarrão, leite, caixa de vinho, chilli, vege chips - um biscoito daqui, sanduíches, caixa de café etc. Assisti à queima de fogos e ia para casa, quando o E, o poderoso chefão cujo codinome era Ekka no festival, chamou-me para ir beber com o pessoal. Fiquei na dúvida, estava exausta e tinha combinado de encontrar P and K. Já ia saindo à francesa, quando S, a minha chefe, arrastou-me para o bar. Foi bom. Os grandes chefões estupefatos, para variar, descobrindo que eu bebia cerveja e fumava e pagando várias cervejas para mim...

Ao final do Ekka, dim dim na conta, mil bolhas no pé, mão com tendinite, sem voz, armário cheio de comida que eu ganhei, o corpo moído e o horário complemente louco.... Feliz, claro.... Como um expositor duvidou, ainda com o sorriso no rosto.... No primeiro dia, ele elogiou meu sorriso, meu bom-humor e duvidou que eu estivesse com o mesmo humor e sorriso ao final. Perdeu a aposta.... Metade do meu corpo estava lá ao final, mas ainda com o sorriso e a alegria.....

6.10.06

Mais um super weekend

Este post eh da serie eu ate tento ficar em casa... Eu estava exausta, tinha sido uma semana cansativa emocionalmente e fisicamente. Tinha trabalhado muito, o que tinha ajudado a esquecer os problemas um pouco, mas o resultado, como boa pisciana, eh que estava comecando a me sentir doente. A gripe estava me pegando "de jeito". Sem contar a tendinite, primeira vez que eu realmente fiquei doente na Australia. Tinha que ser em meio a problemas... Enfim...

Bom, eu tinha dito naum a varios programas e fui caminhando para casa, pensando em fazer um chocolate quente e ficar assistindo televisao e ate dormir cedo... Entretanto, quanto estava chegando em casa, pouco antes das onze da noite, K estava parada na porta do primeiro andar. Comecamos a conversar e ela entrou correndo e voltou com uma garrafa de vodka, dessas com sabor, sabem? Aceitei a primeira, aceitei a segunda e sentei para conversar. Comecei a contar as confusoes da semana e outras historias. Uma amiga de Melbourne estava ali tambem e ficamos num animado papo. Logo elas me chamaram para night de Brisbane. Quem me conhece, sabe que nao precisou muita pilha pra eu decidir ir, afinal, eu so tinha que trabalhar meio-dia no dia seguinte...

La fui eu tomar banho e trocar de roupa. Mal comi direito. E o que eh pior ( minha irma teria adorado...) eh que as meninas cismaram de fazer escova no meu cabelo. La fui eu, meio receosa, entregar meu cabelo na mao delas. Demorou uns vinte minutos, que eu suportei bebendo, claro... K tirou mil fotos...

Dali fomos para Valley para uma nova disco que estava inaugurando. O lugar era legal mesmo, mas nada diferente do que eh bastante comum na Lapa. Mas para eles eh inovacao... Entramos com uma mulher doida dancando, quase nua. As meninas tiraram varias fotos. Alias, foi engracado, porque, na entrada, o panfleto era super atrativo, com varias coisas legais escritas. Ai tinha escrito a palavra "hedonism", que nenhuma delas conhecia. Ai K virou brincando e perguntou " o que eh hedonism, Dani?". Eu respondi e elas de inicio acharam que eu estava de sacanagem...que era impossivel eu, brasileira, saber isso. Mas como eu nao iria saber o que eh hedonism...rs....

Ficamos la um pouquinho, era bem alternativo, mas continuamos a peregrinacao para mostrar Brisbane para menina de Melbourne. Dali, fomos para o Centro, para o Pub Underground, bem ao lado do meu trabalho... Mas ficamos barradas porque K estava usando sandalias e naum pode entrar de sandalia ( heheheh....sentindo-me em Sampa again...). Fomos para um outro pub, de onde fomos expulsas porque as meninas estavam fumando dentro do pub, o que eh proibido aqui desde primeiro de julho....

Fomos para outra disco, que estava muito legal. Eram quase quatro da matina e as meninas ainda queriam ir para o Friday's... Eu? Preocupada com a hora e com o meu corpo, debilitado, pedindo arrego... Devem ter mil fotos divertidas dessa noite porque K eh fotografa e naum larga a camera de jeito nenhum... Dificil foi arrumar um taxi para voltar para casa, porem eu consegui...

Dia seguinte, estava me arrastando e rezando para ser liberada mais cedo, o que felizmente fui! Voltei para casa e quando M me viu, perguntou de cara se eu estava doente...rs... Sabado foi um caseiro dia assistindo a dvd, numa paz so.

Em compensacao, acordei cedo no domingo e fui passar o dia ensolarado numa South Bank cheia. What a beauuuutiful day...smiles.... Almocei num restaurante aa beira do rio Brisbane, tomando uma Cascade. Depois ficamos rodando por South Bank que ficava cada vez mais cheia. O tempo foi fechando e ate choveu no final do dia.

Cheguei relativamente tarde em casa. No dia seguinte, segunda, eu nao trabalhava, mas tinha festa organizada pela universidade para o G. Passei o dia com ele e esperando alguma noticia sobre a extensao do meu visto. No final do dia, falei com o G, que estava exausto e enjoado. Maldita doenca...

3.10.06

Vai um cineminha ai?

Teve um dia que eu estava de folga e cismei que cismei que queria ir ao cinema... Tinham varios filmes que eu queria ver ( como tem hoje tambem...ai, ai, ai, falta de tempo...). Eu ainda estava tendo aula, naum estava no holiday, entao fui em casa e depois fui para South Bank. Encontrei varias pessoas no caminho e quase cheguei atrasada. Estava chegando, quando N, minha amiga coreana ( de pai brasileiro, curioso, ne?), ja estava me ligando.

Foi super legal porque acabamos optando por ver Superman. E eu me lembrei da minha infancia, quando eu era louca pelo Christopher Reeve. Embora este super nao deixe nadinha a desejar... Vimos o filme e so me lembro do meu amigo comentando "superman no hospital eh dificil, ai, ai, ate o superman com problemas"...

Tambem fomos ao nosso pub de South Bank ( cada lugar temos um pub preferido...) e ficamos jogando conversa fora e fofocando. Como se diz por aqui, drinking and talking shit.... Neste dia, ainda perdi o ultimo City cat e fui de taxi para casa, na maior mordomia...rs...

1.10.06

Aniversario de N

Exatamente como previ, naum perdi o contato com o pessoal da universidade. Volta e meia aproveito, ate hoje, os intervalos de trabalho para ir lanchar ou encontrar com o pessoal.

Quando vinha para ca, agora, encontrei dois amigos que vao fazer um churrasco hoje. Eu estava rindo sozinha, caminhando pela Lytton Road, cantando "Amante profissional" - musicas divertidas que Maninha me manda, quando os encontrei. Tenho de trabalhar hoje, mas vou dar uma passada no churrasco, no Mowbray.

Na semana seguinte do termino do meu curso (e eu tinha perdido os ultimos dias, trabalhando que nem louca, motivo pelo qual ficou meio estranho este 'marco' na minha cabeca), ja refeita do cansaco de trabalho, la estava eu, em plena quarta-feira, no Friday's.

Sai correndo do trabalho para ir em casa tomar banho. Mal comi e sai correndo para o Friday's, em Riverside, just in time to the happy hour... Encontrei o pessoal da minha sala, mais uma galera da universidade, gente ate que nao conhecia N, mas estava por la.

Foi legal porque conhecemos o "famoso" namorado de N e alguns outros amigos dela. Conheci um "pe de valsa" figuraca, que ate hoje ninguem me convence que o cara seja homem... Nenhum preconceito, conheco varios caras que dancam divinamente e naum sao gays, mas ele... Ele tambem me lembra a expressao em ingles, like a peacock....smiles.... Mas isso eh a questao do comportamento na pista de danca, no andar.

Sai de la bem tarde, crente que poderia dormir bastante. Eis que, no dia seguinte, recebo ligacao da chefe, para estar no escritorio as oito... Fui trabalhar me arrastando... Depois eu reclamo quando fico resfriada, alem das olheiras....hehehe