Rumando pro albergue
Depois eu acabei indo pro Vondelpark e eu sou tão lesada que me achei o máximo porque consegui chegar de tram –espécie de bonde deles, aliás, poderia escrever um texto só sobre o meu processo de compreensão da diferença entre train e tram...- sem “errar”.
No terceiro ou quarto dia, descobri que estava saltando longe e andando um bom pedaço quando o tram passava em Leidseplein, quase em frente à entrada da rua do Vondel (tsc...tsc...tsc...). Como sempre, só ri...
A essa altura, eu já tinha o tal do Strippen Kaart, aconselhado em todos os textos lidos sobre Amsterdam, que a Lia me ajudou a comprar numa espécie de banca de jornal, ainda no primeiro dia, informando que se você vai e volta dentro de uma hora, não precisa carimbar o cartão de novo. E com este cartão você anda tranquilo nos trams.
Depois eu acabei comprando também o Amsterdam Pass, apesar de estar lá no tal fim de semana no qual os museus, pelo menos grande maioria, ficam com entrada gratuita. Mas achei que valia a pena comprar porque tinham outras coisas, como passeio de barco, moinho, além de transporte gratuito – GVB- durante o tempo de uso do pass. Existia um outro passe, mas não era válido em termos de preço devido a minha faixa etária.
Planejando minha ida a Paris, acabei conhecendo um dos holandeses mais legais. Em frente à loja D-reizen, ele estava saindo pela primeira vez com o cão dele de moto. Ambos simpáticos e lindos... Aliás, isso é uma mania na Europa. Os animais vão aos restaurantes, estão o tempo todo nos meios de transporte (os homens serem lindos também...risos...).
E não vi animais largados na rua não, os famosos vira-latas... O Benji tinha inclusive uma foto linda na cortiça da casa dele de um cachorro numa bicicleta com o dono. Aliás, e as bicicletas???
É necessário ter muito cuidado para não ser atropelado em Amsterdam, sobretudo em frente a Centraal Station. Tem os trams, os carros e as bicicletas. Por todo lado. Uma imagem que ficou marcada na minha cabeça foi uma passarela, ao lado da Centraal Station, com tantas bicicletas, que chegava a formar uma massa visual, onde você não identificava que era um bando de bicicletas juntas; surreal...
Engraçado que eu tinha mil informações, mas gostava de ficar andando, solta. Logo encontrava lugares e coisas super curiosas que, certamente, nenhum guia ilustra. Enfim, confesso que eu realmente gostava de me perder...
Euzinha